Uma lição a aprender nesta virada do século XXI é a de que não é mais possível negar as consequências das ações dos seres humanos para o planeta como um todo. Uma nova relação com as plantas se faz urgente. O que temos a aprender com elas? Ouvir as vozes vegetais é o primeiro passo para vegetar com elas. Vegetar é crescer em contiguidade com o mundo, engajar-nos com aquilo que nos circunda. Esse é o fio condutor dos ensaios, depoimentos e poemas reunidos aqui. 17 textos de um filósofo, uma botânica, uma arqueóloga e um arqueólogo, uma agricultora e agrônoma, um agrônomo, antropólogas e antropólogos, cientistas sociais, pensadores indígenas e uma poeta, que dão um panorama do que há de mais avançado na pesquisa da relação entre seres humanos e plantas no Brasil, tendo como pano de fundo os campos político, ambiental e econômico.
Parte I – Semear a terra: modos de resistência contra o reacionarismo moderno.
Textos de: Pedro Paulo Pimenta, Stelio Marras, Laure Emperaire, Joana Cabral de Oliveira, Maria Rodrigues dos Santos.
Parte II – Raízes da diversidade: saberes dos povos do passado e do presente, histórias de vida e lugares de memória.
Textos de: Eduardo Góes Neves, Laura Pereira Furquim, Gilton Mendes dos Santos, Priscila Ambrósio Moreira, Marta Amoroso.
Parte III – Socialidades vegetais: parentesco, predação, cuidados e afetos.
Textos de: Miguel Aparicio, Fabiana Maizza, Karen Shiratori.
Parte IV – Colhendo frutos: mito e ritual, ciclos de vida e interações multiespécies.
Textos de: Mario Rique Fernandes, Igor Scaramuzzi, Ana Gabriela Morim de Lima, Creuza Prumkwyj Krahô, Veronica Aldé, Izaque João Kaiowá.
Poemas de Júlia de Carvalho Hansen.