Publicado originalmente no início dos anos 1970, este livro traz a visão lúcida de Celso Furtado sobre os limites ecológicos do processo de desenvolvimento econômico global.
Para o economista, a meta de levar as nações “subdesenvolvidas” ao patamar de afluência e bem-estar dos países “desenvolvidos”, com base na ampla extração e no uso de recursos não renováveis, é mais mito que meta, pois não é sustentável. Afinal, esse estilo de desenvolvimento exerce uma pressão tão grande sobre o planeta que ou ocasionará uma catástrofe ecológica generalizada ou então agravará o quadro de exclusão social nas nações ditas subdesenvolvidas, impedindo um contingente ainda maior da população de acessar os frutos do suposto desenvolvimento.
O livro faz uma crítica contundente da relação de dependência estabelecida entre países centrais e periféricos na lógica do sistema capitalista; tensiona as noções vigentes de desenvolvimento e modernização; situa o Brasil no panorama econômico global; e fornece uma análise criteriosa da emergência da era dos oligopólios.