Paulo Leminski
Foi poeta, romancista, ensaísta, compositor, biógrafo e tradutor. Sua poesia transita entre a valorização de elementos tradicionais como a rima e a incorporação do humor, da gíria e do palavrão. Em 1963, participou da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, onde conheceu Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, criadores do movimento Poesia Concreta. Publicou a partir daí seus primeiros poemas na revista Invenção, editada pelos concretistas. Fascinado pela cultura japonesa e pelo zen-budismo, Leminski escreveu haicais e uma biografia de Matsuo Bashô, poeta japonês do século XVII, além de ter praticado judô. A combinação entre a precisão oriental e uma atitude flexível, tipicamente tropical, rendeu-lhe o apelido de “samurai malandro”, cunhado por Leyla Perrone-Moisés.
Foi agraciado com o Prêmio Jabuti, em 1995, pelo livro em prosa Metamorfose – uma viagem pelo imaginário grego(1994), de publicação póstuma. Traduziu, a partir dos idiomas originais, obras de nomes incontornáveis da literatura como James Joyce, Samuel Beckett e Yukio Mishima, bem como o clássico Satíricon, de Petrônio. Leminski é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira. Faleceu em Curitiba, em 7 de junho de 1989.
Obras selecionadas:
Catatau (1975)
Quarenta clics em Curitiba (1976)
Caprichos e relaxos (1983)
Distraídos venceremos (1986)
La vie en close (1991)
Metamorfose – uma viagem pelo imaginário grego (1994)