Françoise Vergès
Françoise Vergès nasceu em 1952, em Paris, França. Cientista política, historiadora, ativista e especialista em estudos pós-coloniais, Vergès cresceu na ilha da Reunião (França) e morou na Argélia, no México, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Graduou-se em Ciências Políticas e Estudos Feministas na San Diego State University (1989). PhD em teoria política pela Berkeley University of California (1995), publicou sua tese Monsters and Revolutionaries: Colonial Family Romance and Métissage [Monstros e revolucionários: o romance e a mestiçagem da família colonial] pela Duke University Press (1999). Lecionou na Sussex University e na Goldsmiths College (Inglaterra). De 2009 a 2012, presidiu o comitê nacional francês de preservação da memória e da história da escravidão. Entre 2014 e 2018, foi titular do programa Global South(s) no Collège d’études mondiales da Fondation Maison des Sciences de l’Homme. Publicou diversos artigos sobre Frantz Fanon, Aimé Césaire, abolicionismo, psiquiatria colonial e pós-colonial, memória da escravidão, processos de creolização no oceano Índico e novas formas de colonização e racialização. Trabalha regularmente com artistas, tendo sido coautora dos documentários Aimé Césaire face aux révoltes du monde [Aimé Césaire em face das revoltas do mundo] e de Maryse Condé: une voix singulière [Maryse Condé: uma voz singular], ambos dirigidos por Jérôme-Cécile Auffret, e consultora curatorial da Documenta 11 (2002) e da Paris Triennale (2012). Organizou as exposições L’Esclave au Louvre: une humanité invisible [O escravo no Louvre: uma humanidade invisível], no Museu do Louvre, em 2013, além de Dix femmes puissantes [Dez mulheres poderosas], em 2013, e de Haiti, medo dos opressores, esperança dos oprimidos, em 2014, ambas para o Mémorial de l’abolition de l’esclavage, de Nantes.