Deivison Faustino
Deivison Mendes Faustino (Nkosi) nasceu em 18 de junho de 1982, em Santo André, São Paulo. Em 2005, graduou-se em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) e, em 2010, concluiu o mestrado em Ciências da Saúde/Epidemiologia pela Faculdade de Medicina do abc (FMABC), onde estudou os vínculos entre as ações do movimento negro, as políticas públicas de saúde e a saúde da população negra na região do ABC Paulista. Em 2015, finalizou o doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (PPGS - UFSCAR), com pesquisa financiada pelo Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE) e conduzida como professor visitante no departamento de Filosofia da Universidade de Connecticut (UCONN), nos Estados Unidos. Sua tese, intitulada “Por que Fanon, por que agora?”: Frantz Fanon e os fanonismos no Brasil, recebeu menção honrosa, na área de Sociologia, do Prêmio Capes de Tese da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Concluiu, em 2021, pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (PSC-IP-USP). Foi consultor do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e lecionou no curso de História da África da Faculdade São Bernardo (FASB). Na área da saúde e da educação públicas, Faustino participou de projetos de prevenção de DST/AIDS, militou pela ampliação do acesso à saúde pública e contribuiu para a formação de professores e gestores em Educação das Relações Étnico-Raciais. Publicou, em 2018, Frantz Fanon: um revolucioná- rio particularmente negro e, em 2019, em colaboração com outros pesquisadores da saúde pública, As interfaces do genocídio no Brasil: raça, gênero e classe. Desde 2020, ocupa o cargo de professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no Campus Baixada Santista, onde também atua como pesquisador do Núcleo de Estudos Reflexos de Palmares (NERP) e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB). Faustino é membro do comitê editorial das coleções Palavras Negras (Perspectiva) e Diálogos da Diáspora (Hucitec) e participa do grupo de pesquisa Laboratório Interdisciplinar Ciências Humanas, Sociais e Saúde (LICHSS), do Instituto Amma Psique e Negritude e do Grupo Kilombagem. Dedica-se a uma série de temas ligados ao racismo institucional em sua interação com o capitalismo, à saúde da população negra, à psicologia das relações sociais, à produção intelectual de pessoas negras e à educação das relações étnico-raciais.